Aprender. Compreender. Aceitar. Crescer. Esquecer.

domingo, 12 de junho de 2011

Pelo MSN...

E numa conversa de MSN sobre o dia de hoje e como eu me sinto...
 
               Isabela         diz:
*ok, o no mundo todo eh em fev
*aqui eh junho, vai entender?
*eu sei la, to meio carentezinha mimimi
*sei la... de nada me adianta pessoa virando "nossa, como vc ta linda" (sim, ouvi isso ontem) se nao passam de elogios vazios e mimimi, sabe?
*(alias, ontem ate me falaram q eu tava parecendo parte da máfia russa pq tava toda de preto LOL)
         [C.Ruby]         diz:
*De preto, sobretudo e um monte de coisas a mais pra aquecer, imagio
*haha
*Carentezinha again? '-'
              Isabela         (Com o Ed.) diz:
*sobretudo, cacharrel preta, jeans com a lavagens mais pro preto, coturno
              Isabela         diz:
*O carentezinha vem mais... por uma reflexão que sem querer eu fiz e me fez ver o quao patetica é a minha vida.
*E porque eu sei que errr... por mais que eu fale que nao preciso disso, que não me faz falta e mimimi... não é bem assim.
*Não digo um namorado, relacionamento "completo e talz"
*Mas a verdade é que se pegar o que aconteceu entre o ultimo dia dos namorados e esse na minha vida... a pergunta é "que merda vc fez na sua vida, hein isabela?"
*O baque que eu tive com todo o rolo do Júlio... foi muito maior do que eu poderia imaginar
*Porra, fui ontem pra uma festa junina... eu quase desisti de ir porque ele poderia estar lá. tem noção?
*(e nao foi, o q foi ótimo, pq eu adorei)
*Mas namorar com ele, da primeira vez foi por birra. pura e simples birra, eu admito.
*Da segunda vez... a idiota aqui viu alguém sendo fofo e mimimi... e se deixou levar.
*E eu vi que era hora de terminar... quando eu comecei a dar argumentos do porque eu poderia traí-lo... e porque isso não seria errado. E principalmente porque eu me senti muito bem tendo feito isso.
*Fiz isso, fiquei meses sozinha... até dar o prazo que eu tinha dado pra pensar em voltar com ele... e admito, eu taquei um foda-se e resolvi voltar. Pelo menos tinha minha bajulação garantida. E imaginava que, por ele me idolatrar, ele seria o cara mais fiel do mundo... e me mimaria e trataria bem... e bem, caí do cavalo lindamente... eu senti minha confiança traída, de maneira que eu nunca me senti... o que me fez me esconder por meses e meses... e meio que desenvolver um medo de homens (ok, num nivel MUITO menor que o da crisca.. blah)
*Daí dona Leticia tinha que fuder minha vida me mandando voltar a tomar pilula... isso e aquilo... foi onde eu voltei a me arrumar um pouquinho, voltei a... sentir. E onde eu vi que ninguém me olha como mulher... é a amiga, a conhecida, a profissional, a insiraaquiseurotulo mas nunca como mulher... e isso que tem me deixado mais triste e mais mimimi... É pedir demais pra alguém lembrar que eu sou uma mulher?
*(e ok, me dei conta da biblia que esqueci aqui... e nao existe como apagar... damn. Desculpa.)
         [C.Ruby]         diz:
*Uma coisa que eu posso dizer eh que, em todas as vezes que vc disse "por birra" e "eu imaginava que" eu adverti que não era bem assim que as coisas poderiam acontecer
*Então aquele "eu avisei"bem que cabe aqui =p
              Isabela         diz:
*Leo, vc nao advertiu todas as vezes
         [C.Ruby]         diz:
*Nos exemplos que vc citou acima!
              Isabela         diz:
*vc ficou sabendo do namoro com o julio um BOM tempo depois que eu namorei com ele a primeira vez
         [C.Ruby]         diz:
*Ah vai... conversamos vezes do Julio
*Eu to falando dos problemas que isso gerou e vc pensar em voltar, amore
              Isabela         diz:
*ah ta
         [C.Ruby]         diz:
*Mas o ponto não é este
*Não se arrependa de algo que já fez
*E pense no que pode ser feito
              Isabela         diz:
*leo, nem vc olha mais pra mim como mulher. E olha q temos um passado q nos condena putamente.
*Ou seja... posso passar fome, fazer o que for que... nao rola
*e voce nao eh o unico q nao ve a mulher. o resto do mundo tb nao ve. e isso me deixa mal
*i became invisible.
         [C.Ruby]         diz:
*E de fato... VC é a amiga pq se importa com todos e fala pelo cotovelos pra o bem e para o mal (eu adoro isso, e também as vezes me faz mal.. Eu sou assim também, e as vezes tbm faço os outros cansarem de me ouvir)
Vc eh a profissional pq convenhamos, Srta Work-a-Holic Ramos existe sim =p
Como mulher vc eh uma meninha fofa que aprendeu que a vida não eh bem só flores, mas também paga de inocente as vezes.. (aka Julio)
              Isabela         diz:
*menininha fofa... essa foi boa
         [C.Ruby]         diz:
*Oh yeah
*Vide colo semana passada
              Isabela         diz:
*hauhauhau
         [C.Ruby]         diz:
*Eu não vejo a mulher pq porra.. já deu tempo de aprender que nós procuramos coisas diferentes
              Isabela         diz:
*só pq eu so nao me joguei no seu colo por falta de espaço e estarmos no meio do shopping?
         [C.Ruby]         diz:
*Eu me dou bem melhor com vc sem pensar em segundas intenções
              Isabela         diz:
*o q eu quis dizer eh q... nem me arrumando horas e horas eu consigo ser aquela guria q alguem vai pensar algo, sabe?
         [C.Ruby]         diz:
*Eu nunca disse que não poderia rolar algo... mas eu não vou procurar por procurar... Acho que não eh o melhor a filosofa do "nao to fazendo nada, vc tbm não...."
Vc eh mais importante pra mim como pessoa
              Isabela         diz:
*olha, eu confesso q penso em segundas intenções com vc sim. Porque eu sempre tenho a segunda intenção de me jogar no teu colo.
*ok, eu to tendo minha crise de dia dos namorados com o cara errado... nao sei como explicar o q eu to pensando, so sei q vc nao ta entendendo
         [C.Ruby]         diz:
*Vc consegue sim, amore...
Mas confesso que as vezes vc espera que eu reconheça isso '-'
              Isabela         diz:
*Eu espero q... alguem reconheça isso

E essa conversa se extendeu. Essa conversa ainda está se extendendo, ainda estamos conversando, ainda estou chorando.
Existem dois lados do prisma para interpretações.
Primeiro: Quando este idiota vai se tocar que ele é o que eu quero pra mim apesar de... né?
Segundo: Ser invisível cansa, sabia?
Mas ao mesmo tempo... porque tanta fragilidade, porque tanta tristeza, porque tanto querer ser alguém que já sabemos que eu nunca vou ser? Eu nunca vou ser a menina certa, eu nunca vou ser aquela que vai tirar os suspiros. Talvez seja hora de entender que o único homem na minha vida será mesmo o Ed Redon. Esse tem sido o cara que tem me consolado por anos e anos e, sinceramente? Única certezinha que eu tenho de viver...
Eu sinto falta de sorrir. E de ser eu mesma. E de ser feliz. E de colo. E de... de.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Segredos da vida...


Existe sim algo pior do que ter que desistir de algo por achar que isso nunca vai ser seu. E isso é saber que todo mundo acha que isso deve ser seu, inclusive você, mas a única pessoa que pode dizer não nisso tudo o faz.
Eu nunca tinha experimentado essa sensação tão intensamente até hoje. Sim, hoje eu me permiti, ao experimentar isso, chorar sozinha no banheiro e expor o que eu sinto para terceiros. Eu me permiti sentir-me frágil com alguma audiência. Mesmo em um “nossa, você parece mais triste... tirou a maquiagem e tudo, o que houve?” dava pra notar que estava óbvio que eu não estava bem. Que eu não estou bem.
Eu comecei a minha fase de negação. E sim, estava bem com ela, afinal em um almoço, afinal em comportamentos teoricamente românticos... eu quase não senti nada. Quase. Confesso que, por alguns minutos, senti sim borboletas. Mas elas foram tão ligeiras e não deixaram rastros. Eu fui capaz de agir de maneira que nem eu pensava e sem me forçar a isso, apenas deixando rolar. Eu comecei a realmente negar gostar e estava funcionando.
Estava, até um telefonema. Até eu ouvir tudo o que, no fundo, sempre quis ouvir em anos. E, mesmo sabendo que falta apenas uma pessoa concordar com tudo o que foi dito... A negação sumiu, o coração disparou e se apertou. A reação? Primeiro um grande susto que acabou virando uma crise de choro no banheiro. Me senti em um daqueles filmes onde a mocinha fecha a porta do banheiro e escorrega chorando até o chão. Sim, foi isso o que aconteceu. E ali eu fui frágil e chorei como eu queria há tempos. Quem sabe há anos?
Mas logo a vida me chamou e mandou eu voltar para meus eixos, voltar a ser a profissional competente, voltar a esquecer a dor de amor e eu juro que tentei. Primeira pessoa que vi... se espantou pelas minhas lágrimas, afinal nunca me viu chorar por amor, sempre fui uma pedra fria. Pedra de gelo, exposta a intenso calor se derrete em um segundo... é, pode ser algo assim. E eu comecei a chorar novamente, sem conseguir controle... e curiosamente ouvi algo que me deixou mais ainda sem entender minhas lágrimas. “Poxa, esse cara é foda, pra conseguir te deixar assim...” e eu ali louca querendo sumir, querendo parar a dor e o choro.
Mas acho que o mais triste disso tudo talvez tenha sido o que me aconteceu minutos depois. Foi a vez de fingir estar tudo bem, ser forte e nada disso aconteceu, foi a segunda vez de atender ao telefone, digamos assim. E por mais que eu tenha saído de uma crise de choro, eu estava sorrindo pateticamente como menininha apaixonada. Mas eu tentei ao meu máximo não deixar isso influenciar a conversa, não toquei no assunto. Se funcionou? Não sei, conhecemos muitas nuances um do outro e isso às vezes me preocupa demais.
Espero que eu tenha conseguido enganar, que tudo o que me aconteceu não tenha passado pelo telefone. Talvez o fato de um amigo ficar me fazendo ficar com vergonha tenha me ajudado, pois utilizei-me disto para sair pela tangente (afinal é tãããããããão fofo me deixar vermelha e envergonhada... #not) e fingir estar tudo bem.
Eu não sei bem explicar, sei que mesmo na minha comemoração noturna de aniversário isto ainda estava na minha cabeça. Por mais fodas que sejam os meus amigos, eles sempre fazem questão de fazer pouco caso desse meu assunto amoroso não resolvido. Eu sei que é pelo meu bem, eu sei que eles acham que eu mereço algo diferente; algo melhor. Mas o que nenhum deles parece entender é que eu acabo me ofendendo com tudo isso, é que meu coração dói, é que eu sou realmente apaixonadinha.
Dias atrás, numa mesa de bar com cinqüentões (e lá vou eu sendo arrastada para o bar pelo chefe... adooooro!) eu ouvi coisas como “antigamente a gente tinha mesmo que gostar da pessoa, não tinha essa coisa de ficar, não tinha nada disso que vocês hoje em dia tem. E nisso a gente tinha que respeitar, a gente tinha que gostar de verdade. Vocês hoje jovens não sabem o que é se apaixonar, o que é querer passar o resto da vida com alguém” e coisas nesse nível. E eu, na minha típica reação, me calei e deixei a mente livre.
Sei que fiz algumas muitas burradas na vida, algumas delas que foram inclusive contra a minha ética, mas quando eu me vi naqueles sapatos descobri que não é tão simples assim e me considero uma pessoa extremamente forte. Mas eu também sei que eu namorei pouquíssimas pessoas e que quando eu decidi largar mão de tudo e apenas estar com alguém pra não ficar sozinha eu levei um dos maiores golpes da minha vida.
Mas eu também sei que, mesmo não querendo nada, esse certo alguém que habita meu coração me fez, por duas vezes, terminar meu namoro e desistir de tudo o que eu estava começando a aceitar como futuro, como vida.
E eu sei também que eu desisti de correr atrás de algumas coisas. Sinto saudades, sinto vontades? Claro, eu ainda tenho hormônios e tenho 26 anos! Mas qual a razão de um beijo apenas pela sensação física? Qual a razão de se esfregar com alguém apenas por um momento? Eu quero flerte, eu quero conquista, eu quero algo que seja mais do que “one night stand”. Conforme amigas, eu quero o impossível nessa sociedade atual.
Mas já chegou a hora de colocar um lindo sorriso amarelo neste rosto e me preparar para contar como foram boas minhas festas de aniversário, como eu adorei o dia de ontem e ignorar aquela ligação e o quanto ela mexeu com meu coração. Não posso fazer nada além disso, não devo fazer nada além disso. Devo deixar isso se aquietar e esquecer. Não falo de um ou dois anos, eu falo de sete se somarmos o tempo todo. Eu falo de seis se esquecermos o breve namoro. E eu não falo apenas de amizade. Tivemos momentos e momentos.
Acho que é hora da menina que ficou jogando sério voltar. A mesma que não se derreteu pelos olhos castanhos escuros e não ficou sem graça. A mesma menina que levou tudo com tranqüilidade. A mesma mulher que conseguiu ignorar aquilo que estava doendo no peito.
Quem sabe se tudo isso não tivesse acontecido eu estaria melhor. Talvez seja a hora de acreditar que nada disso aconteceu. Mas como esquecer algo que agitou tanto assim o coração? Segredos da vida. Segredos que eu preciso aprender urgentemente.