Aprender. Compreender. Aceitar. Crescer. Esquecer.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Nunca imaginei o quanto a vida mudaria...

Hoje fez cinco meses que tudo começou a mudar e a acontecer, e eu não sei o que pensar, dizer ou fazer sobre isto. Sim, marcou demais a experiência toda.
Nesse tempo eu descobri quem são os verdadeiros amigos, aqueles que eu sei que posso fechar os olhos e confiar plenamente, pois bem, sei que vão estar ali pra ajudar a tirar os espinhos, sacudir a poeira e zuar pela queda. Mas, ao mesmo tempo, sei que se eu ameaçar chorar e achar que não aguento mais, eles serão os primeiros a me dizer que eu aguento sim, que tudo vai dar certo, e me mostrar opções e caminhos a seguir.
Aprendi também que família pode sim ser uma coisa boa. Justamente de onde eu sempre fui ensinada a esperar o pior, de onde eu sempre ouvia críticas e coisas ruins. É, às vezes, a capacidade de manipulação das pessoas pode nos levar a pensar e crer em coisas totalmente opostas à realidade.
Mas nessa experiência toda o que mais me marcou foi uma conversa extremamente casual, cujas palavras tem parecido cada vez mais sensatas pra mim... afinal, não basta apenas tudo o que me aconteceu, existem ainda coisas que me acontecem desde... desde que eu me entendo por mim mesma, e que sempre me incomodaram e aparecem por mais que eu tente encobrir.
É, a pessoa aqui é dona de um QI alto, de uma capacidade de raciocínio na maioria das vezes maior do que os outros mortais. E isso gera inveja, gera muitas coisas ruins... e, como eu ouvi numa hora em que talvez eu necessitasse ouvir... isso trás solidão.
Sim, solidão. Mesmo num mar de pessoas, é se sentir sozinha e... parecer que aquilo tudo é um blah blah blah whiskas sachê. Eu ando me sentindo cada vez mais sozinha, e nem isso tem me bastado. Parece que não existe algo que me complete, que tudo é vazio, não sei exatamente como explicar isso.
Não existe uma música que me faça parar, acalmar, pensar. Parece que não basta. A mesma coisa com um filme, programa de TV, pessoas, tudo. Sempre fica a sensação de falta, de vazio, de saudade. Não sei até que ponto isso tem haver com a decisão de tirar alguém, de vez, da minha vida. Não sei, depois desse ponto, até que ponto tem realmente haver com tudo o que aconteceu.
Eu só sei que hoje sou crítica o suficiente para olhar pra algumas situações e querer dar alguns conselhos que não deveria. Não é a minha vida, eu sei, mas existem coisas que poderiam ser resolvidas de uma forma tão diferente... E existem situações que eu olho e, como queria poder olhar de um prisma diferente. Não é inveja, mas é a vontade de que isso acontecesse comigo também. É a vontade de saber que bem, alguma coisa pode acontecer como nos contos de fadas que lemos quando meninas. Saber que é, toda panela tem, realmente, sua tampa. Sim, eu estou carente.
E essa carência tem testado meus limites de maneiras que eu não imaginava serem possíveis. Logo eu, que pareci ser tão certa do que queria por tanto tempo, de maneira que as minhas amigas queriam ser como eu, agora sem certeza de nada, sem saber direito de nada, sem imaginar como pode existir outra maneira de ser. Eu ainda me lembro que sim, tudo pode ser diferente, mas não sei se é isso que eu quero pra mim. Ai essa coisa de ser mulher de fases...


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